O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso,
transferiu nesta quinta-feira (24) a conciliação sobre o acordo de
repactuação da tragédia de Mariana (MG) para a corte. Até então, as
negociações eram mediadas pelo TRF-6 (Tribunal Regional Federal da 6ª
Região).
O acordo, cuja fase atual começou no início de 2023, tem assinatura prevista para esta sexta-feira (25) no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula (PT). Os recursos negociados totalizam cerca de R$ 167 bilhões. Com a decisão de Barroso, depois da assinatura, caberá à presidência do STF concluir e homologar o acordo de reparação.
A
celebração do acordo com homologação pelo STF será capaz de evitar a
contínua judicialização de vários aspectos do conflito e o prolongamento
da situação de insegurança jurídica, decorridos nove anos desde o
desastre", disse o ministro.
Ao mesmo tempo em que as negociações corriam na Justiça Federal de Minas, as partes envolvidas no caso participam de um processo na Justiça britânica que pede R$ 260 bilhões de indenização à BHP, uma das acionistas da Samarco, e que começou na segunda (21).
A
expectativa das mineradoras é que o acordo assinado nesta semana no
Brasil possa fortalecer o argumento das empresas para o arquivamento da
ação na Inglaterra.
O caso chegou ao Supremo por pedido feito pela União, pelos Estados
de Minas Gerais e Espírito Santo, pelo Ministério Público Federal, pela
Defensoria Pública da União, pelos Ministérios Públicos e as Defensorias
Públicas dos referidos Estados, além das empresas Samarco Mineração, a
Vale e a BHP.
De acordo com as partes, apesar de ter havido avanço em direção a uma solução consensual, ainda existem questões que podem gerar conflitos interfederativos, ou seja, entre a União, o Estado do Espírito Santo e o Estado de Minas Gerais, e, assim, novas demandas judiciais.
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